Tem que ter um limite

sábado, 28 de agosto de 2010

Olá novamente companheir@s! Mais uma vez venho aqui pra falar de coisas que muitos não
esperariam de um estudante de biologia, pelo simples fato de que para esses muitos a ligação entre problemáticas políticas, sociais e ambientais está dissociada, e é natural que pensem assim, pois toda a nossa formação nos ensina que "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa"....mas não foi disso que vim falar.
 Vim falar que o nosso lindo país, na verdade não é tão nosso assim, pelo menos não de todos nós! Pense bem no tamanho do Brasil, depois pense em quantas pessoas detém a propriedade das terras do país...é isso mesmo, nosso país é o segundo país que mais concentra terras no mundo, perdendo apenas para o Paraguai!Isso porque no Brasil, gente como a senadora Kátia Abreu e seus colegas da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), continua a defender e impor o latifúndio sob a nova embalagem do "Agronegócio" como a única forma de agricultura possível, sem a qual supostamente morreríamos de fome. O problema é, que se sabe hoje que a maior parte dos alimentos que vão para nossas mesas é produzida nas pequenas propriedades rurais, onde se pratica agricultura familiar: segundo o Censo agropecuário/2006,87% da produção de mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz, 58% do leite, 59% dos suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e 21% do trigo têm origem nas pequenas propriedades de administração familiar.Isso nos mostra que o agronegócio vem na verdade, para produzir para o mercado externo, com produtos como a soja e a cana de açúcar.Esse modelo então nos impõe a situação em que as pequenas propriedades rurais, que produzem a maior parte do alimento que consumimos ocupa apenas 3% da área ocupada por estabelecimentos rurais, enquanto as grandes propriedades concentram 43% da área, segundo dados do IBGE.Além de produzir mais, a agricultura camponesa também emprega mais, sendo responsável por 74% dos empregos gerados no campo, segundo o mais recente Censo Agropecuário.
 Que podemos fazer então a respeito? Será que não há como por um limite ao modelo latifundiário que desrespeita a vida e a natureza, sendo marcado pela alta quantidade de agrotóxicos que emprega? Diversas entidades e movimentos sociais como o estão propondo e apoiando a iniciativa de um Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra entre os dias 01 e 07 de setembro. Mesmo não tendo valor jurídico legal, esta consulta popular tem um grande valor simbólico para mostrar que o povo está atento às grandes questões nacionais e que, por isso mesmo, deveria ser ouvido com mais atenção.

É isso aí companheir@s, se informem mais no http://www.limitedaterra.org.br/
Assinem se tiverem oportunidade o abaixo assinado pedindo o limite da propriedade de terra
e não se deixem convencer que não há nada que se possa fazer para mudar o mundo.Não depende de cada um de nós. Depende de TODOS NÓS JUNTOS e ORGANIZADOS.

hábraços de luta para tod@s.

Roberto "Jedi"

1 comentários:

Anônimo disse...

Pelos dados dados apresentados na matéria temos que:

1- 87% da produção de mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 34% do arroz, 58% do leite, e 21% do trigo têm origem nas pequenas propriedades de administração familiar e; 13% da produção de mandioca,30% do feijão, 54% do milho, 66% do arroz, 42% do leite e 79% do trigo 38% tem origem nos latifúndios, mascarado em "agronegócio" pela nova embalagem.

Os produtos listados acima não fazem parte da pauta de exportação, e ainda importamos muito trigo, carecia de os pequenos produtores mostrar sua competência suprindo o mercado interno para ter vez e voz.

2- 38% da produção do café, 59% dos suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos têm origem nas pequenas propriedades de administração familiar e; 62% do café, 41% dos suínos, 50% das aves, 70% dos bovinos tem origem nos latifúndios mascarados de "agronegócio" pela nova embalagem.


Os produtos listados acima fazem parte da pauta de exportação, e os pequenos produtores são competentes na produção de aves e suínos que, não devemos esquecer são dependentes da produção de soja dos latifúndios mascarados de “agronegócio pela nova embalagem”.

Temo que ao se defender o limite de propriedade rural, em módulos de pequeno porte, eles se tornem antieconômicos, e por conseqüência os preços dos alimentos se tornarão proibitivos à classe menos favorecida, aumentando a fome. Acho que o assunto não é para ser debatido de modo apaixonado, mas com racionalidade. Temos como exemplo os gaúchos e catarinenses que emigraram de sua terra natal em busca de mais espaço para produção, pois as suas glebas ficaram pequenas em virtude da divisão por herança.

O país é grande e a população também, entendo que se deve discutir um limite para a propriedade de área rural, mas que seja definida com bom senso e atenda as necessidades de todos. Áreas urbanas também deveriam entra na pauta de discussões e ninguém fala nada, sobre enfiteuse então, parece um palavrão que ninguém quer pronunciar.

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